O futuro já é agora: 5 maneiras que as impressoras 3D mudarão a nossa vida

Em praticamente todas as áreas onde há a fabricação de um produto, é provável que parte do processo hoje já seja feito por uma impressora 3D. Sem nenhum medo de errar, podemos dizer hoje que as impressoras 3D podem ser consideradas o futuro em muitas áreas, mas para diversas empresas esse futuro já chegou.

A lista de materiais que podem ser “impressos” usando equipamentos especiais hoje já ultrapassa de 250. A lista inclui titânio, borracha, plástico, vidro, aço e até mesmo chocolate. E não há sinais de que as coisas vão parar por aí. Nesse artigo, mostraremos cinco maneiras pelas quais as impressoras 3D mudarão completamente a nossa vida:

1. Mudanças na alimentação

As impressoras 3D abrem a possibilidade de que as empresas de alimentos criem produtos voltados para suprir dietas nutricionais muito específicas. Os alimentos impressos podem ser compostos de itens que ajudem a equilibrar, por exemplo, a quantidade de carboidratos com o teor de proteínas.

Um dos setores que mais pode se beneficiar dessas possibilidades é o de suplementos alimentares. Os cientistas acreditam que será possível criar doses energéticas sob medida para atletas. Esses compostos poderão vir também sob a forma de comprimidos e pílulas, podendo ter grande utilidade para a indústria farmacêutica.

2. Um novo conceito de roupas sob medida

Uma das maiores apostas da indústria na atualidade é no conceito de wearables. Os chamados “dispositivos vestíveis” têm ganhado força nos últimos anos, mas ainda são poucos que conseguiram se encaixar com precisão ao nosso estilo de vida. Muitos deles, entretanto, têm sido desenvolvidos usando-se tecnologias de impressão 3D.

Muitos dos calçados e tênis que a indústria apresenta hoje em dia contam com tecnologias diferenciadas de absorção de impacto ou que proporcionem maior conforto na pisada. Eles são desenvolvidos primeiro em um computador e têm seu molde impresso de forma tridimensional para testes. Com isso, as indústrias reduzem os seus custos de produção e conseguem entregar produtos mais versáteis.

3. Órgãos e tecidos humanos

Você se lembra que no início desse texto falamos que a impressão 3D suporta mais de 250 tipos de materiais? Pois é, entre eles estão também os tecidos, que permitem a impressão de órgãos humanos mais simples e de tecidos complexos. Rins, orelhas e corações podem ser reproduzidos em laboratório apenas utilizando técnicas de impressão tridimensional.

“Dentro de sete a dez anos, estaremos no negócio de substituir partes e órgãos que nossos corpos não rejeitaram, e talvez possamos ter órgãos ainda melhores do que aqueles com os quais nascemos”, destaca Avi Reichental, CEO da XponentialWorks, uma das empresas mais conhecidas do segmento.

4. O fim do copyright!?

Um mundo no qual a produção via impressoras 3D se torne mais acessível pode permitir que muitas empresas disponibilizem objetos sob a forma de software livre. Você poderá, por exemplo, comprar uma caixa de som e imprimi-la diretamente na sua casa, incluindo todas as opções de design que desejar.

Em outras palavras, vai ficar muito mais difícil para as empresas terem o controle sobre os direitos autorais de suas criações, algo que deve forçá-las a buscar maneiras mais criativas de encantar os seus consumidores. Porém, deixará de ser um absurdo de caro ter móveis inspirados em um certo estilo de design.

5. Um novo ciclo de produção

Há quem diga que a chegada das impressoras 3D aos consumidores comuns pode representar uma nova revolução industrial. No princípio, cada um produzia para si mesmo aquilo que necessitava. Depois, as fábricas assumiram o papel de produtoras em massa, criando produtos similares e espalhando-os por todo o mundo.

As impressoras 3D podem provocar uma volta a essas raízes, descentralizando a produção e permitindo com que cada um possa imprimir na sua casa o seu produto. A produção continuará a ser feita em série, mas em menor escala, o que torna a demanda sob medida e com menos desperdícios de matéria-prima.