Quais são as diferenças entre as metodologias Scrum e Kanban

As empresas e os gestores estão constantemente buscando as melhores metodologias para aumentar a produtividade. Ao fazer uma rápida pesquisa sobre as possibilidades, você encontrará dezenas de técnicas e processos que prometem resolver os seus problemas. Porém, será mesmo que qualquer metodologia funciona?

Antes de tudo, é importante entender o propósito de cada uma delas e o contexto ideal no qual elas podem ser utilizadas. É o caso das metodologias Scrum e Kanban. Ambas estão hoje entre as soluções mais populares quando se trata de organizar fluxos de trabalho e gerir processos. Entretanto, qual delas é a melhor escolha para atender às suas necessidades?

Neste artigo, explicamos as características das duas metodologias e indicamos quais os contextos são mais adequados para cada uma delas.

O que é o Scrum?

O Scrum é uma metodologia ágil com foco na gestão e desenvolvimento de projetos. Essa solução foi criada por Jeff Sutherland, um piloto norte-americano que buscava solução para problemas cuja fórmula exata não era garantia de uma execução plena. 

Como exemplo, ele considerou os pousos e as decolagens que, embora tenham um procedimento técnico similar, na prática as condições climáticas, os aspectos emocionais do piloto e o conteúdo da aeronave fazem com que nenhuma tarefa seja idêntica a outra, pois em cada uma delas múltiplos fatores precisam ser analisados.

Trazendo essa metodologia para o mundo empresarial, a premissa é a de gerenciar processos. Para isso, divide-se o projeto em pequenos ciclos de atividades, conhecidos como sprints. A partir dos objetivos propostos, o product owner, o gestor do projeto, a partir de reuniões de alinhamento, determina quais tarefas serão realizadas.

Já o scrum master funciona como espécie de coordenador de equipes e os colaboradores formam o time scrum.

O que é o Kanban?

O Kanban é uma metodologia que foi desenvolvida pela empresa japonesa Toyota na década de 40, mas que veio a ser colocada em prática apenas na década de 50. A proposta aqui é gerenciar o sistema de controle e fluxo de produção utilizando cartões coloridos (post-its). Trata-se de um método de gestão mais visual, especialmente pelos elementos sinalizadores que ele utiliza.

Hoje, essa metodologia é utilizada não apenas na indústria, mas em diversas áreas, como marketing ou desenvolvimento de softwares. Basicamente, podemos dividi-lo em dois tipos: movimentação e produção. 

A organização se dá a partir de um backlog de tarefas, a partir do qual elas são movidas para as colunas “to do” (o que precisa ser feito), “doing” (o que está sendo feito) e “done” (o que já foi feito). Cada tarefa é descrita de forma resumida, sendo indicado um horário de início e entrega e um responsável pela atribuição.

A principal vantagem é a facilidade que o gestor e os demais colaboradores têm de visualizar em tempo real qual é o status de cada uma das tarefas e em quais atribuições os colaboradores estão alocados. O fluxo ocorre seguindo o estilo de “produção puxada”, em que um item é iniciado apenas após a conclusão de outro.

Quais as diferenças entre as metodologias Kanban e Scrum?

Embora tenham muitas similaridades e sejam eficientes dentro de suas propostas, escolher a metodologia mais adequada pode fazer toda a diferença no desenvolvimento de um projeto na sua empresa. O Scrum tem como característica os intervalos de trabalho, com tarefas progredindo de forma constante. Já o Kanban leva em consideração itens individuais, mas que podem ser agrupados, se necessário, eliminando fases dentro de um projeto. 

O Scrum é mais indicado para processos em que as equipes sejam constantes ao longo da execução, ainda que diversas em sua forma de trabalho (múltiplas áreas). O Kanban, por sua vez, requer que os membros da equipe tenham maior consciência do trabalho, permitindo evolução de acordo com as necessidades de cada contexto.

Em resumo, podemos dizer que o Kanban funciona melhor em cenários incertos, mas com um objetivo claro à equipe. Já o Scrum é mais objetivo nesse sentido, pois requer o planejamento de semanas à frente para que a execução seja a mais eficiente possível.