Você já parou para pensar por que o teclado não é em ordem alfabética? A disposição das teclas segue um padrão singular, conhecido como QWERTY, em uma referencia às seis primeiras teclas.
Porém, para entendermos o motivo por trás do posicionamento das teclas, precisamos voltar no tempo, até mesmo antes dos computadores. O padrão foi criado visando facilitar a vida daqueles que usavam máquinas de escrever, e assim permanece até hoje.
Christopher Scholes: o homem por trás das teclas
O padrão atual de teclas que vemos em todos os teclados é uma criação do inventor norte-americano Christopher Scholes. Na década de 40, quando ele pensou essa invenção, já havia máquinas de escrever com teclados. No entanto, elas seguiam um padrão distinto.
Um dos modelos mais populares se chamava Calligraph. Ele continha todas as letras duas vezes, uma maiúscula e outra minúscula. A tecla SHIFT só seria criada posteriormente. Mas afinal, por qual razão ele decidiu dispor as teclas seguindo o layout atual?
Há muitas versões para explicar esse posicionamento. A mais aceita é a de que o teclado organiza as letras aproximando os pares mais usados na língua inglesa. Você pode perceber isso se pensar em palavras como “you”, “are” e “they”. Note que o conjunto de teclas está sempre próximo.
Outra teoria, menos aceita, é a de que ele posicionou as teclas de tal forma que os braços mecânicos com as letras não enganchassem com tanta frequência – e, nesse caso, os conjuntos de letras próximas também fariam todo o sentido. Contudo, isso tornaria a digitação mais lenta, o que na época era visto com bons olhos para que as máquinas apresentassem menos problemas.
Por que esse layout de teclado permanece em uso até hoje?
A explicação para isso é bastante simples. Você já experimentou mudar as teclas de lugar? Há programas que permitem fazer isso, ou seja, você pode atribuir a cada tecla a letra que quiser. Contudo, crescemos acostumados a esse padrão, transmitido de geração para geração, e não é nada simples migrar para outro.
Por qual motivo você reaprenderia a digitar no teclado com um posicionamento diferente? Na prática você não teria nenhum benefício, a não ser o de estimular o seu cérebro a fazer a algo diferente. Os fabricantes pensam da mesma forma e, por essa razão, o padrão QWERTY foi mantido e migrado até mesmo para celulares.
Apesar disso, esse padrão não é o único que existe. Outros inventores criaram novos layouts de teclado, como o AZERTY, dedicado ao francês, e o HCESAR, dedicado ao português. Você pode encontrar na internet softwares que mapeiam as teclas do seu teclado atual, transformando-o em um layout diferente para ver como funciona.
Porém, o grande problema de todos eles é a praticidade: praticamente ninguém está disposto a abrir mão de algo que funciona bem e com o qual já estamos acostumados. Reaprender onde estão as teclas, definitivamente, não é prioridade nos planos de ninguém.
A evolução dos teclados
Embora o layout da década de 40 tenha sido mantido, os teclados passaram por muitas revoluções até chegarem no patamar de hoje. Teclas mais macias e respostas mais precisas, modelos mais leves e portáteis e possibilidade de personalização por meio de luzes são apenas algumas das alternativas.
Com teclados e mouses sem fio, conectados ao PC via Bluetooth, os periféricos ocupam cada vez menos espaço nas mesas, deixando no passado aquela confusão com cabos para todos os lados. Com múltiplas possibilidades, os preços também variam: há modelos de a partir de R$ 30 e alguns podem ultrapassar os R$ 3 mil, como as versões voltadas para gamers.
Tudo vai depender da sua necessidade. A lista de opções de teclado é imensa, mas o mais importante é encontrar um modelo adequado ao seu padrão de digitação. Quanto mais produtivo um teclado permitir que você seja, melhor ele é, independentemente do preço que ele custe.
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