Como memorizar tudo que você estuda?

Sem dúvidas, essa pergunta com certeza já passou pela sua cabeça. E se não passou, acredite, esse momento vai chegar. Agora, vamos fazer o seguinte desafio: pense em um número de WhatsApp que não seja o seu. Conseguiu lembrar de algum? A maioria das pessoas, ou todas elas, provavelmente, não se lembrarão de nenhum outro número a não ser o delas mesmas, com raras exceções, claro. 

Não se preocupe, isso não significa que a sua memória seja ruim, mas isso mostra uma mudança no comportamento das pessoas. Imagine que antes das facilidades da tecnologia, as pessoas tinham que memorizar mais informações. Era comum uma pessoa saber de cabeça o número dos pais, amigos, enfim, pessoas próximas. 

Com a tecnologia, a facilidade de salvar e compartilhar informações, fez com que a necessidade de ter que memorizar algo diminuísse. Por um lado, isso é incrível, pois não é preciso mais se preocupar com esse tipo de coisa, mas, por outro lado, a capacidade de memorização ‘enferrujou’ um pouco, com o passar do tempo. O excesso de informações também é algo que prejudica esse processo de memorização. 

Quem nunca passou pela seguinte situação de ter estudado horas para uma prova e na hora de  realizar o teste deu aquele famoso ‘branco’? Ou pior, aquele momento em que você está conversando com um amigo, mas é interrompido e depois simplesmente não consegue lembrar do assunto principal. A frustração vem logo em seguida, não é mesmo? Mas felizmente, para quase tudo existe uma solução. Por isso, separamos para você algumas dicas para que você possa memorizar tudo que você estuda e não passar mais por isso. 

1. Não confie apenas na sua memória 

Parece um pouco contraditório, mas vamos explicar. De acordo com o Método GTD®, conhecido como Get Things Done, criado por David Allen, ao longo de 30 anos de estudos acerca das técnicas de produtividade, uma das etapas para melhorar a  memorização, é a captura. Isso significa que, o primeiro passo está em não confiar apenas na memória, ou seja, anote as informações e o conteúdo que você está estudando em um caderno e use Post-Its para anotar informações que merecem ser destacadas.

Esse exercício é bem interessante, pois ao mesmo tempo em que você libera mais espaço na cabeça para novas informações, também é uma forma de você selecionar aquilo que é mais importante, assim quando for revisitar determinado conteúdo, as informações que foram mais importantes para você já estarão mais acessíveis. Além disso, a prática de anotar coisas estimula a capacidade de síntese sobre os assuntos e reforça o que foi estudado. Às vezes, as pessoas acabam pensando que não precisam anotar nada porque vão se lembrar mais tarde, mas, em meio a tantas informações fica muito difícil de lembrar de tudo, então, a dica é essa, anote, sublinhe com caneta colorida.

Um método para organizar as anotações de uma forma diferente, mais visual, com menos textos, são os mapas mentais. Com eles é possível colocar no centro a ideia principal sobre determinado assunto e depois fazer conexões com conceitos, facilitando a memorização. Um site muito bom para fazer isso é o MindMeister. 

2. Seja professor

Não, você não vai precisar de fato ser um professor. A não ser que você esteja estudando para isso. O que queremos dizer é que quando você se coloca no papel de professor, ou seja, de transmitir, explicar um assunto para alguém, automaticamente aquele conhecimento é reforçado dentro do seu cérebro. Essa prática é ótima quando você vai fazer uma prova ou uma apresentação sobre alguma coisa. 

Por isso, não tenha vergonha, se um colega da faculdade não está entendendo muito bem a matéria e você sim, aproveite para explicar sobre o assunto como uma forma de ajudar o próximo, mas, também, como um reforço para si mesmo. 

Essa dica é sensacional. Tente fazer isso e você verá o quanto vai fazer a diferença nos seus estudos. Depois conta pra gente se deu certo. 

3. Fale sozinho e represente 

Um pouco similar com a última dica, porém, a ideia aqui é que se você não tiver ninguém para conversar sobre um assunto, faça sozinho mesmo. 

Dessa forma, terá mais liberdade para testar a sua linha de raciocínio ou formas de falar. Use a imaginação para falar, coloque intenção, represente. Quando você cria imagens e  cenas na cabeça, fica muito mais fácil memorizar um assunto e te ajuda a não esquecer com facilidade. Geralmente, o cérebro lembra mais de imagens do que palavras. 

Além disso, uma dica extra, se você vai fazer uma apresentação, por exemplo, é interessante ter clareza sobre o que vai falar, organizar mentalmente os assuntos e saber modular a própria voz, dar intenção às palavras, afinal de contas ninguém gosta de apresentações monótonas. 

Então, além de ser um exercício de memorização, você também vai conseguir deixar a sua apresentação muito mais dinâmica e envolvente. 

4. Reflita sobre o que aprendeu no dia 

Depois de um dia cheio de estudos e trabalho, experimente parar um pouco para refletir nas coisas que aconteceram durante o dia e nos novos aprendizados. Um estudo realizado pela Harvard Business School descobriu que 15 minutos de reflexão ao final de um dia de trabalho resultaram em um aumento de 23% na produtividade de profissionais da área de call center. Esses profissionais também escreveram sobre o dia em um diário. 

Esse momento é uma forma de organizar e desenvolver relações entre todas as informações novas e as antigas. 

Como você viu, existem diversas dicas de como melhorar a memória, mas, lembre-se, a memória é algo que precisa ser exercitada constantemente. Por isso, além dessas dicas, procure ler livros, monte quebra-cabeças, faça palavras-cruzadas e aos poucos você vai ver que a sua memória vai ficando mais aguçada e, consequentemente, vai te ajudar a ser uma pessoa muito mais produtiva nos estudos, no trabalho e até mesmo nas suas relações com as outras pessoas.